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camarote da folia

mês

junho 2016

Centenário do samba é comemorado com show

São 100 anos de samba, 70 anos de Aldir Blanc e 20 anos de carreira fonográfica de Dorina. Junte tudo isso e você terá a receita do show “Sambas de ALDIR e Ouvir com Dorina”, que a cantora vai apresentar, com toda a pompa e circunstância, no Teatro Ziembinski, na Tijuca, nos dias 16 e 17 de junho, quinta-feira e sexta, às 20h. Convidado especial Gabriel Cavalcante, o Gabriel da Muda no dia 17.

Para homenagear Aldir Blanc, um dos maiores letristas da nossa música, a produção está impecável. Chiquérrima – em meio a um cenário sofisticado, com direito a luminárias da artista plástica Renata Sussekind –, Dorina subirá ao palco para surpreender. Com um repertório diferente do que costuma cantar nas rodas de samba que frequenta, vai mostrar todo o seu talento de intérprete apresentando um outro lado do samba.
Aval para essa ousadia ela tem do próprio Aldir desde que ele assinou a contracapa do CD “Brasileirice”, lançado em 2010: “É uma grande intérprete de samba, original, sem imitar ninguém, personalíssima. Também prima pelo amor ao repertório selecionado com o respeito e a competência de quem realmente conhece seu campo de trabalho. Não é bico querendo fingir pertencer à Velha Guarda. Dorina é do Bem, talentosa, e, tão importante quanto isso, é verdadeira, uma raridade em nossos dias.”
E Dorina é mesmo personalíssima. Escolheu algumas obras menos conhecidas do amigo de longa data, como “Imperial”, “Navalha” e “Altos e baixos”. Mas é claro que também vai cantar sambas famosos como “Saudades da Guanabara, parceria de Aldir com Moacyr Luz e Paulo César Pinheiro; e alguns da dupla João Bosco e Aldir Blanc: “O mestre-sala dos mares”, “Coisa feita”, “Plataforma” e “O bêbado e a equilibrista”, o maior sucesso deles, considerado o “Hino das Diretas”, cantado durante as manifestações de 1984 pela volta das eleições diretas. E ainda tem uma obra inédita de Aldir, Moacyr Luz e Luiz Carlos da Vila: “Saindo à francesa”.
No repertório do show – dividido em blocos falando de política, mulheres e amigos sambistas –, há também sambas que mexem com um outro lado da vida de Aldir Blanc: a psiquiatria. Pouca gente sabe, mas o letrista estudou Medicina, formou-se psiquiatra e fala sobre isso em canções como “A louca”, dele e Maurício Tapajós: “… Dizem que eu sou, que eu sou uma louca desvairada / Eu fico louca se me chamam de louca / Pouca gente entende essa verdade: / Onde quer que impere a maldade / Loucura pouca é bobagem…”
Intérprete intensa, Dorina vai mostrar esse lado mais intimista do samba. Afinal, nada é só alegria como dizem os versos de Aldir em “Flores em vida para Nelson Sargento”, parceria com Moacyr Luz: “… Essa é a grandeza que o samba nos legou: em cada tristeza, erguer nosso copo ao humor…”. Se “toda dor desse mundo enfeita nossa fantasia”, não foi à toa que a intérprete resolveu abrir o espetáculo com “Cravo e ferradura” (Clarice Grova, Cristóvão Bastos e Aldir Blanc) que diz: “… Samba, samba, samba, pulsas em tudo que existe, vazas se meu sangue escorre, nasces de tudo o que morre… ”
Com oito CDs e um DVD no currículo que inclui, ainda, Prêmio Sharp como Melhor Cantora de Samba, Dorina vai se apresentar no Ziembinski com Paulão Sete Cordas assinando a direção musical, Ramon Araújo (violão) e Rodrigo Reis (percussão). Também terá convidados especiais como Gabriel Cavalcante, o Gabriel da Muda. A direção artística é de Edio Nunes.

Serviço:
“Sambas de Aldir e ouvir com Dorina”
Local: Teatro Ziembinski
Endereço: Av. Heitor Beltrão s/nº – Tel.: 3234-2003
Dias: 16 e 17 de junho (quinta e sexta-feiras)
Horário: 20h
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Faixa etária: acima de 16 anos
Capacidade: 130 lugares
Horário da bilheteria: terça a domingo de 14h às 22h
Duração: 1h20min

Ficha técnica:
Direção artística: Edio Nunes
Direção musical e arranjos: Paulão Sete Cordas
Iluminação: Binho Schaefer
Direção de produção: Dorina e Rosane Cartier
Produção Executiva: Rosane Cartier

Bastidores do Carnaval viram peça de teatro

Além dos desfiles das escolas de samba, o carnaval também é destaque no teatro. Homenagem ao samba e aos carismáticos personagens do Carnaval carioca, ‘Entregue seu coração no recuo da bateria’ estreia, dia 16 de junho, na Praça 11
Com direção de Joana Lebreiro, espetáculo narra a história de um casal de mestre-sala e porta-bandeira, vivido pelos atores Pedro Monteiro e Gabriela Estevão, que repensa a relação momentos antes de entrar na Marquês de Sapucaí.
É Carnaval no Rio. O mestre-sala Claudinho já está na concentração da escola de samba, à espera de mais um glorioso desfile na Marquês de Sapucaí, ao lado da sua mulher, a porta-bandeira Ceci. Mas, cansada do jeito mulherengo do marido, ela decide terminar o casamento – e se recusa a entrar na avenida. Assim começa o espetáculo Entregue seu coração no recuo da bateria, que estreia, dia 16 de junho, justamente onde se passa a história: na Praça 11, ao lado Sambódromo. Com direção de Joana Lebreiro e elenco que reúne os atores Pedro Monteiro, Gabriela Estevão e Jorge Luiz Jeronymo, a peça começa na rua e segue para o palco do Teatro Gonzaguinha, onde faz uma homenagem à Sapucaí, às grandes histórias de amor e à força feminina. A produção tem patrocínio do Ministério da Cultura, Secretaria Municipal de Cultura e Halliburton.
Com texto de Pedro Monteiro, idealizador do projeto, e Marcus Galiña, o espetáculo resgata a trajetória do relacionamento entre Ceci e Claudinho, traçando um paralelo com os quesitos de avaliação de um desfile de escola de samba. Em sua terceira parceria com Pedro, Joana Lebreiro avalia que a peça toca no tema da memória, objeto de estudo da diretora em cena e em sala de aula. “O personagem do Jeronymo, o Dionísio, carrega com ele a história do samba”, observa Joana. Quem vive Dionísio é o ator e radialista Jorge Luiz Jeronymo, que interpreta um diretor de harmonia no espetáculo, e na vida é a voz oficial dos ensaios da Mangueira há uma década. A atriz Gabriela Estevão também faz parte do universo do samba carioca. Este ano, ela foi eleita musa do Carnaval de rua pelo jornal O Globo pela atuação como porta-bandeira do bloco Meu Bem, Volto Já.

Serviço
Entregue seu coração no recuo da bateria
Teatro Gonzaguinha: Rua Benedito Hipólito, 125, Centro.
Telefone: 2224-3038.
Dias e horários: 4ª a 6ª, às 19h30, e sáb., às 19h.
Preço: R$ 30
Lotação do teatro: 130 lugares
Duração: 1h15.
Classificação indicativa: 10 anos
Funcionamento da bilheteria: em dias de espetáculo, das 16h até meia-hora depois do início da peça.
Temporada: 16 de junho a 9 de julho

Novidades na Imperatriz para o Carnaval 2017

Após a escolha do enredo “Xingu – o clamor que vem da Floresta” para o Carnaval 2017, a Imperatriz Leopoldinense anunciou um novo reforço. Arthur Maia, que já fazia parte do carro de som da escola, será o o intérprete principal, segundo do site Carnavalesco.

A confirmação do novo cantor foi feita pelo diretor de carnaval da agremiação, Wagner Araújo, que já tinha revelado a intenção da escola em apostar em um novo intérprete.

Bohêmios da Cinelândia lança enredo de Carnaval 2017

A Bohêmios da Cinelândia lançou seu enredo para o Carnaval 2017 nesta sexta, 10. “Wilson Moreira: moderno sem perder a tradição, sambista sem deixar de ser jongueiro” é uma homenagem aos 80 anos do cantor da mpb  no centenário do samba. A agremiação faz parte do grupo E.

Lins Imperial divulga sinopse para o carnaval 2017

Após a escolha do tema, a Lins Imperial já definiu a sinopse do enredo em homenagem à Monarca. Veja abaixo na íntegra.

Enredo: “O Monarca do samba”

Esta é uma noite muito especial, de festa. Junto aos bobos da corte, carrego cornetas e pergaminhos para anunciar a visita do Monarca do Samba. Todos nós estamos ansiosos. Conforme apresentamos a sua vinda, brilham os olhos de todos ao redor e se inicia uma grande movimentação em Lins Imperial. Todo o reino é convidado e quer estar presente.

No caminho para o castelo, onde o Imperador e a Imperatriz de Lins darão as boas vindas, já é possível enxergar o plebeu “Crioulinho Sabu” procurando o melhor ângulo para vê-lo. Logo atrás, cheio de guloseimas preparadas para a festa, o “Quitandeiro” burguês. Mais adiante podemos ouvir os cânticos do clero em “Peregrinação”. Os mais eufóricos são os soldados, que, acostumados à rigidez da postura, foram liberados para também celebrarem. Inclusive, já até mandaram avisar que a Guarda Imperial “Vai Vadiar”. Por fim, chegam os nobres, todos muito bem vestidos, e com “Lenço” nas mãos para uma reverência especial.

Eis que é chegada a hora. O Monarca do Samba surge diante de nossos olhos, em lugar de destaque no castelo. E o povo todo acena, manda beijos e aplaude. Ele retribui com toda a fidalguia que lhe é característica. Não poderia ser diferente, já que nasceu em uma terra chamada Cavaleiro (Cavalcante) e foi batizado como o célebre na batalha (Hildemar).

Sob a “Alegria das Flores” que espalham perfume pelo salão, todos nós, bufões, nos juntamos para encenar a vida do nosso ilustre convidado, que não nasceu em berço de ouro, mas foi condecorado com vários títulos de nobreza. Chamado de príncipe, revelou-se discípulo legítimo do fundador de sua nação, um líder sempre em guarda… e até presidente. Um autêntico representante do sangue azul (e branco), aclamado e laureado com troféus e prêmios mundo afora, um baú recheado de tesouros. Tem seus feitos cantados por muitos e sua história destacada em vários reinos coirmãos.

Pena que o sol já está quase raiando e é chegada a hora de encerrar o cortejo. Num ato solene, nossas duas bandeiras se entrelaçam e a águia do brasão de Lins se junta à da Portela para que em verde, rosa, azul e branco, ambos os reinos consigam a tão sonhada e “Retumbante Vitória”. Despedindo-se de todos nós, súditos, emocionados e já cheios de saudade, o Monarca do Samba parte e nos deixa com o “Coração em Desalinho”. Mas, felizes em viver esta noite especial, que tive a honra de trazer em forma de mensagem, temos a certeza de que esta data ficará marcada na história de Lins, que nunca deixou de ser Imperial.

Texto: Tiago Ribeiro

Comissão de Carnaval: Eduardo Minucci, Flávio Mello e Tiago Ribeiro

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