A atriz Zezé Motta será o enredo da Acadêmicos do Sossego em 2017. “Zezé Motta, a Deusa de Ébano” é desenvolvido pelo carnavalesco Márcio Puluker, segundo informações do site Carnavalesco. “Queríamos um enredo de peso e tivemos a ideia de homenagear um artista. A primeira pessoa que pensamos foi a Zezé, que é uma mulher que tem história, seja no cinema, na TV, como cantora, dentro e fora dos palcos. Uma grande trajetória que tem a ver com tudo o que precisávamos nesse momento”, conta Rafael Marques, vice-presidente da agremiação.
Com o enredo, a escola de Niterói irá destacar as m ulheres negras que chamam a atenção por sua beleza e exuberância.Em 2016 a Sossego foi a grande campeã da Série B e garantiu o acesso à Série A. A agremiação estava afastada da Sapucaí desde o Carnaval 2011 e faz sua estreia na principal divisão de acesso do carnaval carioca.
Abaixo o texto de apresentação do enredo:
“Zezé Motta – A Deusa de Ébano”
Tocada por Dionísio, o deus grego das festas, do teatro e dos ritos religiosos, a menina de Campos, lançou-se nos palcos da vida. Fez as malas, acreditou no sonho e seguiu para o Rio de Janeiro. Nascia a Zezé Motta, a Zezé das artes, a Zezé cidadã do mundo. Em 1967, Zezé Motta começou a carreira no teatro, quando estreou a peça Roda-viva, de Chico Buarque e não parou mais. Em 1969, atuou em “Fígaro, Fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato” “Orfeu negro” e “Godspell”
Para muito além dos palcos, Zezé foi brilhar na tela grande da sétima arte. Participou dos filmes: “Vai trabalhar, vagabundo”, “Ouro Sangrento”, “Anjos da Noite”, “Tieta do Agreste” e “Orfeu”, mas foi “Xica da Silva”, em 1976 que a consagrou internacionalmente.
Na tela da televisão chegou ao auge de seu talento, carisma e popularidade. É a uma das atrizes negras que mais atuou em telenovelas no Brasil. Cantou, dançou e atuou enaltecendo a sua luta por igualdade independe da cor de sua pele. Da tela para a vida real,“muito prazer, eu sou Zezé, mas pode você pode me chamar como quiser”
A canção “Magrelinha” de Luis Melodia e outras tantas do menestrel Chico Buarque passearam pela voz marcante de Zezé Motta.
“Quando eu penso nela em forma de canção. Imagino em som que revele. Que revele o tom, o tom da cor da sua pele. Crioula”
Cantriz. É a Zezé, mulher, mãe, avó, cantora, dançarina, atriz e que é acima de tudo feliz! Entre tantas mulheres, Deus quis que Zezé brilhasse. Colocou uma estrela em sua testa e fez dela um ser iluminado que encanta a todos com a força de seu sorriso, com sua alegria, seu talento e seu amor pela arte.
A Acadêmicos do Sossego entra no palco sagrado do carnaval. Vem com as bênçãos dos deuses sagrados do teatro, da música, do cinema, da TV e da negritude para prestar homenagem a esta grande estrela das artes, trazendo os sinceros aplausos no seu manto azul e branco. Com a força do seu canto e da sua comunidade vem dizendo: Bravo, Zezé Motta!
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